Sindicato de Atletas São Paulo
Institucional

Com “DNA” de goleiro, SAPESP é o camisa 1 na defesa dos atletas profissionais

Além de responsável por representar e lutar pela categoria, entidade foi fundada e é atualmente comandada por um ex-arqueiro

26, ABRIL 2017 às 05:48:22

Hélio Caxambu em reunião sindical com Pelé ao fundo e Juca Chaves (esq,). Intelectuais e artistas também opinavam (foto: Baú do SAPESP)

Fabio Giannelli
Redação SAPESP

Se existe uma entidade que pode falar com propriedade sobre o Dia do goleiro ela se chama Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo (SAPESP).
Isso porque, além de ter sido fundado em 1947 por Hélio Caxambu, então atleta do São Paulo Futebol Clube e um dos maiores goleiros dos anos 1940, hoje o sindicato é comandado por outro ex-arqueiro, Rinaldo Martorelli, com mais de 200 jogos vestindo a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras.

“Primeiramente gostaria de parabenizar os goleiros e goleiras de todo o Brasil por essa data tão especial. Um grande time começa com um grande goleiro (a). Defender está no nosso sangue, em nosso DNA. Assim como fazia quando era atleta, hoje defendo não somente os companheiros de equipe, mas o coletivo. Tive a oportunidade de aprender muitas lições com o nosso fundador, Hélio Caxambu, que pediu para que continuássemos firmes e fortes nessa luta. O Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo só para quando alcança o resultado almejado. Por isso, os atletas reconhecem a nossa importância. Trabalhar pela categoria, além de nosso dever, é a nossa grande alegria”, declarou Rinaldo Martorelli, que recebeu do ex-presidente, Toninho Cecílio, o convite para dirigir o SAPESP.

HISTÓRIA

Hélio Caxambu esteve entre os fundadores e foi escolhido para ser o primeiro presidente da recém-criada Associação dos Jogadores de Futebol. Dois anos depois, datada de 11 de outubro de 1949, saiu a carta sindical que elevou a Associação à categoria de Sindicato. Caxambu continuou como presidente por mais três anos, contribuindo significativamente para várias conquistas dos jogadores, o que lhe custou grande parte de sua carreira.

“Assim como o Caxambu, eu também sofri retaliações. Na época em que comecei a reivindicar em nome dos meus companheiros, fui afastado do Palmeiras e fiquei com o "passe" preso, mesmo com propostas de times grandes de São Paulo e da Itália. Ali começou minha luta. Livrar os atletas profissionais de futebol do passe foi uma das maiores conquistas da categoria, e para mim, particularmente, uma sensação de dever cumprido”, relembrou.

Perto de completar 70 anos desde a primeira reunião realizada na sede da Associação Comercial, na rua Líbero Badaró, região central de São Paulo, o SAPESP é atualmente uma das mais sólidas e participativas entidades esportivas de classe do Brasil e da América Latina.
 
“Quando assumimos, não havia fontes de receita. O sindicato estava com o aluguel até das maquinas de escrever atrasados. Nossa batalha foi muito difícil no começo, por nove anos tirei dinheiro do meu bolso para conseguirmos sobreviver. Somente em 2001, quando vencemos a batalha do Direito de Arena em prol dos atletas, é que começamos a ter fôlego para atuar com mais estrutura. Hoje, temos sede própria em bairro privilegiado de São Paulo, que foi inclusive  modernizada recentemente”, completou. 

Emerson Leão foi o outro ex-goleiro a presidir o Sindicato de Atletas antes de Toninho Cecílio. 




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