No dia 22 de fevereiro de 2021, quinze dos dezenove sindicatos estaduais se reuniram no Rio de Janeiro para destituir o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol.
A decisão foi tomada após diversas denúncias, entre elas o fato de Felipe Augusto Leite (RN) jamais ter sido jogador profissional de futebol e ter falsificado documentação de outro atleta para seguir no cargo.
A ata da reunião já foi registrada em cartório e a assembleia contou com a participação de Wanderson Marcelino, do 15⁰ Ofício de Notas do Rio de Janeiro.
Portanto, Felipe Augusto Leite não tem mais legitimidade para falar em nome dos sindicatos filiados, tampouco pela FENAPAF.
FENAPAF NÃO CONVOCA GREVE
É compreensível que nem todos entendem quais seriam as funções legais dos sindicatos. O presidente destituído, sabedor do desconhecimento alheio, vem tentando confundir os atletas e leitores com a colaboração, do talvez ludibriado, repórter Tiago Braga, do portal Uol.
Com a divulgação da destituição de Felipe Leite, cabe ao bom jornalismo apurar os fatos documentados que fundamentaram aquela decisão. Ao invés disso, vem tentando, através de distorções de fatos e meia verdades, dar protagonismo ao presidente destituído. Essa última, então, pode ser entendida como a sua confissão para aquilo que vem se propondo.
MATÉRIA EQUIVOCADA
No dia 27 de março de 2021, o citado jornalista publicou uma matéria sobre possível greve nacional dos jogadores de futebol, comandada pela Fenapaf e pelo presidente destituído.
Não se trata de entrar no mérito da causa, o motivo pelo qual se ventilou a possibilidade de paralisação, mas sim da divulgação equivocada de um jornalista que sequer sabe, ou procurou saber, como funciona a operacionalização de uma greve.
Ainda que o presidente destituído tivesse legitimidade de atuação, a organização desse movimento não poderia atropelar a representação estadual, seja legal ou legitimamente.
Os sindicatos estaduais são os verdadeiros representantes dos atletas. A atuação da Fenapaf diz respeito à coordenação do trabalho dos sindicatos estaduais.
Essa matéria jurídica, aliás, já foi enfrentada pelos Tribunais Superiores e totalmente pacificada nesse sentido.
Resumindo: a Fenapaf é ilegítima para atuar nesse processo. O presidente destituído, mesmo que não tivesse sido tirado do cargo, tampouco poderia falar em nome da categoria.
O repórter, caso buscasse a verdade e imparcialidade que prega o jornalismo, jamais poderia trazer a palavra de um presidente destituído, além de saber que esse tipo de greve jamais teria fundamentação legal.
Desde a publicidade da destituição de Felipe Leite, o nobre repórter vem insistindo em não tratar o tema da forma como deve ser tratado. Com a verdade e apuração real dos fatos. Continua dando espaço e alimentando as distorções daquele antigo presidente, que nunca foi jogador profissional, o que só enfraquece os legítimos pleitos da categoria.
De uma forma ou de outra, a grande maioria dos sindicatos que integram a Fenapaf continuam o verdadeiro trabalho da categoria profissional. Questão que inclui o desmascaramento total daqueles que somente se colocaram na vida sindical por interesses pessoais, contrariando a defesa dos direitos da classe.
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