Durante a Copa do Mundo de 2018, o Football Parade ganhou as ruas e pontos importantes da cidade de São Paulo com a exposição de 70 bolas gigantes pintadas por artistas plásticos escolhidos entre 140 candidatos. A ação foi um sucesso e segue acontecendo mesmo após o fim do torneio.
Como a inclusão social faz parte do dia a dia da entidade, o Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo destinou uma das bolas para a APAE de São Caetano do Sul. Os próprios alunos pintaram a escultura durante a disputa do mundial.
“Sem dúvida, um presente. Uma iniciativa inclusiva e uma oportunidade de mostrar o talento de nossos assistidos, pois eles têm uma motivação e interesse bem carinhoso pelo esporte e seus ídolos (atletas), ainda mais pelo momento de Copa do Mundo. Foi uma oportunidade real e concreta de cultivar e estreitar os laços”, elogiou Rosana Nogueira, coordenadora pedagógica da APAE – São Caetano do Sul.
Coube então à professora Rosa Elói, arte-terapeuta e arte-educadora da casa, escolher o tema e formar um time de onze craques pintores, mais que especiais, que concretizaram o trabalho em apenas um dia.
“Pensamos na tônica do trabalho que realizamos na APAE de São Caetano do Sul, partindo do nosso logo. O amor é a base de tudo, representado pelo coração, dali nasce a árvore da vida, só com amor se pode ter vida. A mão está como um respaldo, APAE, mãe carinhosa que protege, acolhe, dá a base, a sustentação para que nossos assistidos possam voar com autonomia. Escolhemos fazer da bola, o nosso planeta terra, pois essa é a mensagem que a APAE quer transmitir para o mundo”, explicou Rosa Elói.
Para o presidente do Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo, Rinaldo Martorelli, a inclusão faz parte da vida e da essência da entidade. No Football Parade não poderia ser diferente.
“Nossa proposta é de humanizar sempre todas as relações. Quando pensamos no Football Parade, pensamos em unir a arte que os atletas fazem com os pés à arte que os artistas plásticos fazem, geralmente, com as mãos. Porém, esse projeto se tornou muito maior no seu desenvolvimento. Vimos a importância de agregar ainda mais vida a ele com os integrantes da APAE que vieram e mostraram que são mesmos, seres muito especiais, na melhor acepção do termo, que as suas condições transbordam em sabedoria e traz muita inspiração para quem quer entender”, elogiou.
EM CASA
Desde a última semana, a Bola da APAE está exposta em frente ao Fórum de São Caetano do Sul, em área nobre da cidade.
Alunos que fizeram a pintura da bola:
Gabriel Salmazo: 29 anos, aluno desde 2015, portador da Síndrome do X frágil – deficiência mental leve
Felipe Rodrigues de Souza: 24 anos , aluno desde 2003, portador da Síndrome do X frágil- deficiência mental moderada
Denis Margutti: 32 anos, aluno desde 2000, Paralisia mental – deficiência mental leve
Fabiano F. da Silva: 36 anos, aluno desde 2005 – deficiência mental leve
Michelle Santos: 34 anos, aluna dede 2002 – deficiência mental leve
Albiezier Marcarenhas: 36 anos, aluno desde 2008 – Síndrome de Down
Carlos H. da Cruz: 44 anos, aluno desde 2000 – deficiência mental leve
Sérgio Martinez: 52 anos, aluno desde 2018 – deficiência mental leve
Rogério: 46 anos, aluno desde 2000 – deficiência mental leve
João Gabriel Gaiano: 29 anos, aluno desde 2003 – paralisia cerebral, deficiência mental leve.
Priscila Rodrigues: 34 anos, aluna desde 2017 – Síndrome de Down
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